Sob o tema "Healthy & Climate Friendly Architecture - From Knowledge to Practice", o 7° VELUX Daylight Symposium, realizado em Berlim entre os dia 3 e 4 de maio deste ano, teve a participação de 39 palestrantes voltados à pesquisa e prática de arquitetura.
Os participantes puderam confrontar informações de pesquisadores e arquitetos praticantes da Europa, Canadá e EUA, gerando discussões interessantes sobre a necessidade de aprofundar a compreensão da luz natural e projetar de forma mais eficaz.
A seguir, os destaques do evento.
Stefan Behnisch
O simpósio foi aberto com uma apresentação do arquiteto alemão Stefan Behnisch, do escritório Behnisch Architekten, que apresentou uma série de projetos que aproveitam as novas tecnologias para controlar a quantidade e a qualidade da luz natural nos interiores. Desta forma, suas fachadas respondem a condições de luz específicas através, por exemplo, de painéis industriais modulares.
Dependendo da localização geográfica de uma futura construção, o aspecto da luz do dia desempenha um papel diferente. O sol é um amigo ou um inimigo, um bem ou um problema, temos que nos proteger contra ele ou aumentar nossa exposição. Em alguns locais, simultaneamente necessitamos dele e temos que proteger nossos edifícios contra a luz solar direta. É importante para o nosso bem-estar, mas isso cria grandes desafios.
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Omar Gandhi
O arquiteto canadense Omar Gandhi mostrou a importância da luz natural através de seu próprio trabalho, definido - em seu processo de projeto - pelo uso de modelos em escala. Segundo Gandhi, estes permitem que ele experimente em primeira instância o comportamento da luz natural nos espaços projetados, que é testado novamente durante o processo de construção do edifício.
Uma parte realmente importante do processo (construtivo) é quando, antes que as luzes artificiais entrem, você realmente tem a chance de investigar essas ideias de alta e baixa iluminação, e esses contrastes que trazem novos aspectos à arquitetura.
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Anne Lacaton
Anne Lacaton, do escritório Lacaton & Vassal, demonstrou como o conceito por trás das estufas metálicas tornou-se uma marca registrada de seu escritório, conseguindo responder a diferentes programas através de soluções de baixo custo com alta qualidade espacial, ambiental e lumínica.
Além da aparente rigidez das estruturas, os arquitetos projetaram cada edifício para permitir a liberdade de uso de seus habitantes, dando-lhes as ferramentas para poder controlar eles mesmos as condições de vida dentro dos espaços.
Muito além de qualquer determinação estética e formal, além das regras, padrões e programas, os edifícios são belos quando nos sentimos bem dentro deles, quando a luz interior é linda e o ar é agradável, quando a troca com o exterior parece fácil e gentil, e quando os usos e as sensações são inesperados. Baseamos todos os nossos projetos no princípio da generosidade do espaço e da economia, servindo à vida, aos usos e à adequação, com o objetivo de mudar o padrão.
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Assista a um resumo do simpósio e das atividades que aconteceram no vídeo a seguir: